Analisando essa passagem Bíblica pausadamente, podemos ver que Cristo ao perguntar sobre o que o povo falava de quem ele era recebeu uma resposta desagradável. Pois como podemos ver o povo não acreditava que Jesus era o Messias. Jesus ao se deparar com essa resposta ele depois dirige a pergunta aos apóstolos. Quando ele dirige essa mesma pergunta aos seus discípulos, mostra que dessa vez foi mais comprometedora. Pedro assim que escuta a pergunta, logo responde: ‘’Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo’’. Pedro então com essa atitude de fé e coragem, mostra para Jesus que não se comporta como o povo, e sim conforme a verdade que Deus o revela. Quando as palavras de Pedro chega aos ouvidos de Jesus Cristo, o Cristo declara que quem revelou essas palavras a Pedro não foi a carne e o sangue, ou seja, não partiu do homem Pedro, e sim de Deus que revelou a Pedro. Imediatamente Jesus então com suas veneráveis palavras diz:
‘’ Feliz és tu Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te revelou isso, mas o Pai que está nos céus. E eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagens sobre ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo que ligares na terra será ligado nos céus’’ (Mateus 16,18-19).
Nesse momento Jesus primeiramente chama Pedro por seu nome próprio que era Simão, o filho de Jonas [Barjonas . Bar = Filho. Jonas = Seu pai. Ou seja Filho de Jonas]. Para que assim possa aludir a troca de nome, que encontramos em João 1,42. Aqui percebemos a escolha missionária que Cristo fez para com Pedro. Mudando o seu nome, isso acontece referente à missão da pessoa. Pedro foi escolhido por Cristo para exercer uma missão com seu povo. Pois como vimos às palavras que saíram de forma solene da boca de Pedro foram reveladas por Deus. Da mesma forma quando o Papa se pronuncia de forma solene, está se pronunciando sendo movido pelo Espírito Santo, assim como Pedro foi. Quando na Sagrada Escritura existe a expressão ‘’Carne e Sangue’’ é utilizada para designar a natureza humana, que é falha e mortal, que mostra que o homem por si só é impotente para compreender as coisas divinas. Por este motivo, sabemos que Pedro, quando se pronunciava de forma solene, era movido pelo Espírito Santo, Pedro foi o porta-voz de Deus.
Continuando Jesus afirma com suas veneráveis palavras: ‘’Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagens sobre ela’’ (Mateus 16,18). Cristo nesse momento realiza aquilo que outrora falou em João 1,42. De forma Solene, Cristo utiliza a palavra ‘’Kepha’’ que tem o mesmo significado de ‘’Rocha’’. Na língua aramaica não há nenhuma diferença no nome ‘’Pedro’’ e no nome comum ‘’Pedra’’, pois ambos se expressam com essa mesma palavra ‘’Kepha’’. De fato Jesus pronunciou: ‘’Tu és Rocha e sobre essa Rocha edificarei a minha Igreja’’. Sabemos que a Palavra Igreja não é mencionada em nenhum dos outros evangelhos, mas sim somente no evangelho de São Mateus, e é apenas duas vezes, em Mateus 16,18 e em Mateus 18,17. Igreja significa a congregação onde está o verdadeiro povo de Deus, ou seja, que forma o reino messiânico.
As expressões metafóricas de Cristo tinham um significado fácil de compreender. Ele é o arquiteto. O edifício que edifica é a Igreja. A base ou fundamento firme e estável, que dará consistência e duração ao edifício é Pedro (cf.Mt 7,24). E, como se trata de um edifício não físico e material, mas sim moral, isto é, de uma sociedade formada por todos os fiéis, sendo por tanto necessária uma autoridade suprema, a que todos obedeçam, para dar estabilidade e firmeza a esta sociedade, é simplesmente prometida a São Pedro a autoridade suprema sobre a Igreja, ou, o que dá no mesmo, o primado de jurisdição. As metáforas [das "portas", das "chaves do reino" etc.] que seguem, põem em maior relevo este pensamento.
Para quem não sabe as ''portas'' significam muitas vezes na Sagrada Escritura uma fortaleza, como que uma cidade protegida por muralhas, como podemos ver em Gênesis 21,17; 24,60.
Continuando Jesus Cristo afirma: '' E eu te darei as chaves do Reino dos Céus: Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus''.
Aqui podemos mergulhar em toda a autoridade do Santo Magistério da Igreja. Se todos tivessem a humildade de acolher tais palavras de Cristo, tenho certeza que não duvidariam das definições solenes do Santo Papa. Na antiguidade as ‘’chaves’’ era um sinal de autoridade de governo. Quem recebesse as ‘’chaves’’ de uma cidade, por exemplo, era receber a autoridade de governar aquela certa cidade.
O ligar e o desligar, representam a autoridade do Papa de decretar dogmas. O Papa tem autoridade de falar de forma solene o que se deve ser obedecido pelos fiéis. Pedro recebeu essa autoridade, para que ele fosse o governante da Igreja. E esse governo de Pedro tem que ser respeitado. Pois sabemos que é Deus quem age na voz do Papa, assim como agiu nas palavras de Pedro em Mateus 16,16 a Bíblia mostra isso com muita clareza.
Vejam este texto que encontrei no site do veritatis.com.br:
Quem é a pedra: Jesus ou Pedro?
O fato de Jesus
aplicar a Pedro uma figura que a Bíblia exaustivamente aplica a Jesus, bem
mostra a intenção de Jesus em fazer de Pedro um representante de Cristo na
terra. O que, por sinal, Ele confirmou explicitamente ao dar autoridade a Pedro
não apenas de ligar e desligar na terra, mas também no Céu. Vamos, então, ao
diálogo:
Protestante:
Em grego, a palavra
para pedra é petra, que significa uma rocha grande e maciça. A palavra usada
como nome para Simão, por sua vez, é petros, que significa uma pedra pequena,
uma pedrinha.
Católico:
Na verdade, todo
este discurso é falso. Como sabem os conhecedores de grego (mesmo os não
católicos), as palavras petros e petra eram sinônimos no grego do primeiro
século. Elas significaram "pequena pedra" e "grande rocha"
em uma velha poesia grega, séculos antes da vinda de Cristo, mas esta distinção
já havia desaparecido no tempo em que o Evangelho de São Mateus foi traduzido
para o grego. A diferença de significados existe, apenas, no grego ático, mas o
NT foi escrito em grego Koiné - um dialeto totalmente diferente. E, no grego
koiné, tanto petros quanto petra significam "rocha". Se Jesus
quisesse chamar Simão de "pedrinha", usaria o termo lithos. (para a
admissão deste fato por um estudioso protestante, veja D. Carson, The
expositors Bible Commentary [Grand Rapids: Zondervan, 1984], Frank E.
Gaebelein, ed., 8: 368).
Porém, ignorando a
explicação, insiste o protestante:
Vocês, católicos,
por desconhecerem o grego, pensam que Jesus comparava Pedro à rocha. Na
verdade, é justamente o contrário. Ele os contrastava. De um lado, a rocha
sobre a qual a Igreja seria construída: o próprio Jesus ("e sobre esta
PETRA edificarei a Minha Igreja"). De outro, esta mera pedrinha
("Simão tu és PETROS"). Jesus queria dizer que ele mesmo seria o
fundamento da Igreja, e que Simão não estava sequer remotamente qualificado
para isto.
Católico:
Concordo que
devemos ir do português para o grego. Mas, com certeza, você concordará que,
igualmente, devemos ir do grego para o aramaico. Como você sabe, esta foi a
língua falada por Jesus, pelos apóstolos e por todos os judeus da Palestina.
Era a língua corrente da região.
Muitos, talvez a
maioria, soubessem grego, pois esta era a língua franca do Mediterrâneo. A
língua da cultura e do comércio. A maioria dos livros do NT foi escrita em
grego, pois não visavam apenas os cristãos da Palestina, mas de outros lugares
como Roma, Alexandria e Antioquia, onde o aramaico não era falado.
Sabemos que Jesus
falava aramaico devido a algumas de suas palavras que nos foram preservadas
pelos Evangelhos. Veja Mt 27,46, onde ele diz na cruz, "Eli, Eli, Lama
Sabachtani". Isto não é grego, mas aramaico, e significa, "meu Deus,
meu Deus, porque me abandonaste?"
E tem mais: nas
epístolas gregas de S. Paulo (por 4 vezes em Gálatas e outras 4 vezes em
1Coríntios), preservou-se a forma aramaica do novo nome de Simão. Em nossas
bíblias, aparece como Cefas. Isto não é grego, mas uma transliteração do
aramaico Kepha (traduzido por Kephas na forma helenística).
E o que significa
Kepha? Uma pedra grande e maciça, o mesmíssimo que petra. A palavra aramaica
para uma pequena pedra ou pedrinha é evna. O que Jesus disse a Simão em Mt
16,18 foi "tu és Kepha e sobre esta kepha construirei minha igreja."
Quando se conhece o
que Jesus disse em aramaico, percebe-se que ele comparava Simão à rocha; não os
estava contrastando. Podemos ver isto, vividamente, em algumas versões modernas
da bíblia em inglês, nas quais este versículo é traduzido da seguinte forma:
'You are Rock, and upon this rock I will build my church'. Em francês, sempre
se usou apenas pierre tanto para o novo nome de Simão, quanto para a rocha.
Protestante:
Se kepha significa
petra, porque a versão grega não traz "tu és Petra e sobre esta petra
edificarei a minha Igreja"? Por que, para o novo nome de Simão, Mateus usa
o grego Petros que possui um significado diferente do petra?
Católico:
Porque não havia
escolha. Grego e aramaico têm diferentes estruturas gramaticais. Em aramaico,
pode-se usar kepha nas duas partes de Mt 16,18. Em grego, encontramos um
problema derivado do fato de que, nesta língua, os substantivos possuem
terminações diferentes para cada gênero.
Existem
substantivos femininos, masculinos e neutros. A palavra grega petra é feminina.
Pode-se usá-la na segunda parte do texto sem problemas. Mas não se pode usá-la
como o novo nome de Simão, porque não se pode dar, a um homem, um nome feminino.
Há que se masculinizar a terminação do nome. Fazendo-o, temos Petros, palavra
já existente e que também significava rocha. (Obs da Barca de Jesus: Estrutura
semelhante ocorre na língua portuguesa: Pedro e pedra.)
Por certo, é uma
tradução imperfeita do aramaico; perdeu-se parte do jogo de palavras. Mas, em
grego, era o melhor que poderia ser feito.
Além da evidência
gramatical, a estrutura da narração não permite uma diminuição do papel de
Pedro na Igreja. Veja a forma na qual se estruturou o texto de Mt 16,15-19.
Jesus não diz: "Bendito és tu, Simão. Pois não foi nem a carne nem o
sangue que te revelou este mistério, mas meu Pai, que está nos céus. Por isto,
eu te digo: és uma pedrinha insignificante, e sobre a rocha edificarei a minha
Igreja. ... Eu te darei as chaves do reino dos céus."
Ao contrário, Jesus
abençoa Pedro triplamente, inclusive com o dom das chaves do reino, mas não
mina a sua autoridade. Isto seria contrariar o contexto. Jesus coloca Pedro
como uma forma de comandante ou primeiro ministro abaixo do Rei dos Reis,
dando-lhe as chaves do Reino. Como em Is 22,22, os reis, no AT, apontavam um
comandante para os servir em posição de grande autoridade, para governar sobre
os habitantes do reino. Jesus cita quase que verbalmente esta passagem de
Isaías, o que torna claríssimo aquilo que Ele tinha em mente. Ele elevou Pedro
como a figura de um pai na família dos cristãos (Is 22,21), para guiar o
rebanho (Jo 21,15-17). Esta autoridade era passada de um homem para outro
através dos tempos pela entrega das chaves, que se usavam sobre os ombros em
sinal de autoridade. Da mesma forma, a autoridade de Pedro foi transmitida,
nestes dois mil anos, através do papado.
Por: Daniel Silveira Fonteles Linhares.
Por: Daniel Silveira Fonteles Linhares.
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